quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Diferentemente...

da maioria dos blogs (ou pelo menos dos que eu já visitei), eu não costumo escrever textos típicos de amor, sentimentos, sofrimentos e desilusões amorosas. Posto frases famosas e pequenos parágrafos sobre pessoas importantes na minha vida, mas prefiro escrever histórias. Daquelas que só vimos em livros que a maioria dos jovens julga serem cansativos e pouco proveitosos. Mas eles são os melhores. A literatura clássica brasileira é incrível. Inicialmente, admito também considerá-los confusos, mas à medida em que passo as páginas, a história é capaz de envolver-me por inteiro. Obviamente, as minhas poucas linhas de texto não chegam aos pés das grandes e belíssimas obras de Graciliano Ramos ou José de Alencar, mas sempre me baseio nas suas formas de escrever e crio os meus personagens, minhas histórias e o mais importante de todos: o meu pensamento. 

Onde Tudo Começa

Sempre quis conhecer as praias de Copacabana, andar pelo calçadão e tocar a areia branca que cerca aquela imensidão azul, que nos meus sonhos parecem turquesa. Mas sabia que seria impossível. Eu estava no norte, no topo da cidade, cercado por favelas, sujeira, pobreza, fome, injustiças, álcool, e sentia que era esse o meu mundo, por mais que eu negasse, tentasse fugir, eu pertencia àquele lugar. Já a minha esperança se encontrava no sul, aquela maresia que me transmitia tranqüilidade. Passando por lá, carros luxuosos, que mal via na televisão, roupas que custariam o preço da minha casa. Aquela gente que despreza, humilha e se sente superior. Mas realmente são. Eles são melhores do que nós.

E eu aqui, deitado numa cama, sem conseguir fechar os olhos. A minha irmã, Lúcia, ao meu lado, já dormindo. O meu meio-irmão, Pedro, chora de fome. O meu padrasto, dormindo em frente ao jornal, e a minha mãe passando roupas. O calor transmitido pelo ferro em suas mãos se torna insuportável. Então, ela se aproxima, eu finjo estar dormindo. Deixa uma nota verde para o lanche de mais tarde, e sai, com uma trouxa na cabeça, bambeando pelas escadas.

O alcoólatra da casa, Luiz, que infelizmente é o meu padrasto, acorda irritado. Quando está assim, eu já sei o que quer. Bebida. Pega a minha nota verde e sai. Sinto que nessa tarde passaremos fome de novo. Então ele chega, encharcado, com uma garrafa na mão. É impressionante como consegue vira-la na garganta, beber tudo em um único gole.

Insaciável, me coloca como engraxate e obriga a minha irmã a varrer a casa. Consigo algumas moedas e compro um pão, que será repartido em três. Para mim, a Lúcia e o Pedro. Por sorte, ainda resta algum troco. Guardo-o nos bolsos.

Sentindo o cheiro do dinheiro, o meu padrasto toma-me as moedas e novamente, bebe. Não suporto mais tudo isso, é difícil aceitar um absurdo com este, que se repete todos os dias, calado, imóvel. Tenho sangue correndo nas veias, que ferve ao ver aquele homem enorme, com barba por fazer, olhando-me como se fosse devorar-me. E eu, uma pressa fácil para suas agressões.

Deixo aquele barraco, deixo tudo para trás. Eu quero recomeçar, e do zero, no lugar onde sempre sonhei: A minha praia. É, por que agora ela pertencerá a mim também. Sigo descalço pelas ruas, meus pés queimam no asfalto, mas consigo chegar. O dia já está no fim, não tenho mais forças para manter-me firme. Caio, deito naquela areia branca dos meus sonhos, e adormeço.

Quando acordo, parece-me que já passam das 10 da manhã, por que o dia está ensolarado e um vendedor de picolé quase me atropela com seu carrinho. A praia começa a encher de pessoas. E então, lembro-me que hoje é sábado. Estou com a minha caixa de engraxate e começo a oferecer meus serviços aos doutores que por ali passam. Alguns aceitam, outros torcem o nariz e ignoram-me. Consigo algumas moedas e como alguma besteira.

Os meus dias foram assim, nessa mesma sincronia, numa espécie de rotina. Sentia-me só, achava-me num imenso vazio, lembrava do aconchego da minha família e pensava em voltar, mas em seguida vinham as péssimas memórias do Luiz, e desistia da ideia. Não demorou muito tempo até que encontrasse meninos como eu. E começamos a andar em grupos. Tinha conhecido a minha tribo, os meus semelhantes.

Mas o que eu não sabia é que, depois dos bicos que fazíamos, os meus colegas trocavam suas moedas por pacotes de pó, e não por um prato de feijão. Eles cheiravam aquilo, e suspiravam felizes. Eu não entendia. Ofereceram-me e aceitei. Parecia bom, por que não experimentar?

No início, tive estranhas sensações e calafrios subiam-me pelo corpo, senti náuseas, mas depois uma imensa sensação de euforia. Uma vontade rir, não sei por quê, e nem do que. Agora, as minhas moedas também começaram a ser trocadas pelo pó que mais tarde descobri que se chamava cocaína.

Só que, repentinamente, a minha “fórmula da felicidade” pareceu insuficiente. Era preciso mais. Então, começamos todos a cometer pequenos furtos, e ficamos conhecidos como “batedores de carteira”.  Experimentamos coisas novas, cigarros, bebidas, e a pior de todas as drogas: o crack.

Não me dava mais o trabalho de engraxar sapatos, assaltar bolsos volumosos, com carteiras, daquelas de couro, nobres, era menos trabalhoso e rendia mais. Fumávamos todos os dias. Uma única hora parado me trazia imenso desgosto, abstinência que me corroia as entranhas, matando-me aos poucos.

Então, o que eu consumia em um dia já não era suficiente. Carteiras não eram capazes de sustentar-me. Precisava de mais. Planejei um roubo, dos “grandes”, de um carro. Tremia só de pensar nas conseqüências. Estar preso era torturante, mas estar longe das drogas parecia-me ser o fim. Fui ao estacionamento, Tudo estava arquitetado. Levei o carro para longe, mas nunca imaginaria que poderia ser rastreado. E acabei sendo.

Não tinha condições psicológicas de permanecer numa prisão, e hoje, estou a mais de um ano em uma clínica de reabilitação. Já tentei várias fugas, voltei ao vício, e não acredito que sou capaz de abandoná-lo.

Agora, encontro-me deitado, na mesma clínica que entrei há um ano carregado com camisa de força. Daqui algumas horas, serei levado ao hospital, mas não tenho ideia do que será feito comigo. Escrevo essas palavras por que sinto que serão as últimas da minha vida, para alertar aos jovens que jamais consumam qualquer tipo de droga, por mais “leve” que seja. O vício é um caminho sem volta, e eu não sei mais por onde andar.



Por: Ana Victória Boa Sorte

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Detestava acordar tarde. Coloco o cabelo atrás da orelha sempre que estou nervosa. Não rôo unhas e não gosto que façam isso perto de mim. Não tenho paciência com pessoas insistentes. Passo o dia todo dormindo, sempre que posso. Não gosto de sair com pessoas que não me sinto bem. Faço muitas coisas as quais não tenho vontade por obrigação. Amo a minha família, especialmente meus irmãos. Adoro chocolate, mas me sinto péssima depois que como. Não bebia refrigerante há 10 meses. Acredito muito em Deus e em milagres. Ultimamente ando meio preguiçosa. Gosto de estudar. Amo escrever. Detesto Geografia. Adoro exatas. Quero ser médica, mais especificamente, ortopedista. Não consumo nenhum tipo de bebida alcoólica, só quando a minha mãe me oferece. Nunca fiquei de paralela nem recuperação no colégio. Tenho imensa vontade de dormir nas aulas, mas não é sempre que consigo. Passo o dia sorrindo, inclusive sozinha. Prefiro abraços a beijos. Não sou muito fã de fotos. Adoro os meus amigos. Já fui muito possessiva. Sou taurina, mas acho que meu signo não tem muito a ver comigo. Não gosto de chamar muita atenção. Uso óculos. De vez em quando, pra falar a verdade. Não consigo ignorar as pessoas que não merecem minha atenção ou meu carinho. Nunca odiei ninguém em toda a minha vida. Não me apaixono fácil. Tenho mania de reler o que eu escrevo pelo menos três vezes. Detesto perder tempo no computador ou salão de beleza. Odeio banana. Adoro uva. Não como salsicha. Tenho poucos medos. Gritava as pessoas na rua e jogava bolinha de papel. Já fiz vários estilingues. Amo bolinha de gude. Adoro chiclete, não gosto de bala. Ultimamente tenho ouvido bastante Los Hermanos e Engenheiros do Hawaii. Era louca por Charlie Brown Júnior. Não tenho muito tempo livre pra atualizar meu blogger. Adoro passear de carro. Sempre durmo em ônibus. Já me machuquei feio em bicicletas. Andava de patins. Adoro contar piadas. Gosto de Jorge e Mateus. Tenho momentos extremamente sem noção. Não costumo me arrepender do que faço. Amo o Facebook. Não tenho paciência pra ver filmes. Odeio “Jogos Mortais”. Adoro comédia romântica e toda a série de Harry Potter. Não vejo seriados. Amo viajar, pra onde quer que seja. Sonho em ir pra África. Sou extremamente dramática em algumas situações. Detesto Física. Amo Química. Já fui fanática pelo Flamengo, hoje apenas torço e não acompanho todos os jogos. Perdi a minha camisa de rubro-negra. Já tive peixe, rato de laboratório, gato, cachorros, preás, cágados e ramster. Já criei uma lagartixa no meu quarto. Tenho uma cadela cega de um olho chamada Mel. Tenho muito medo de rãs, sapos e pererecas. Já fui operada. Já quebrei o braço (12 anos) e a clavícula (4 anos). Passo o dia brigando com meu irmão mais novo. Sinto muita falta dos meus amigos que estão morando fora.  Já passei o dia inteiro chorando por nada. Ninguém entende minhas ironias. Não gosto que fumem perto de mim. Não gostava da Amy Winehouse nem do Michael Jackson. Quebro todas as minhas havaianas no mesmo pé. Já andei descalça na rua. Já tomei banho de lama e de chuva. Já me afoguei na piscina. Já dormi na varanda. Amo estrelas. Adoro sol. Não gosto muito de pipoca. Não sei cozinhar quase nada. Amo suco. Adoro sorvete. Sou louca por macarrão. Não consigo olhar fixamente nos olhos de alguém. Sou hiperativa em muitos momentos. Gosto de dançar, às vezes. Não sou muito de ir a festas, nem avenida, nem clube. Adoro fazenda. Amo a palha italiana que a minha amiga faz. Gosto de fazer brigadeiro. Adoro as minhas vizinhas. Sinto muita falta do meu antigo colégio, mas não me arrependi de ter saído de lá. Não suporto pessoas escandalosas. Rio das prosas de todo mundo, por que realmente acho graça. Sou lerda para entender muitas coisas e é preciso repeti-las sempre. Passo o dia inteiro comendo, de tudo. Adoro novidade. Experimento sempre um novo sabor de Milk Shake. Não gosto do Justin Bieber, Restart, nem dos colírios da CH, mas também não desejo que eles morram. Adoro fazer cócegas nas pessoas. Choro fácil e me magôo mais fácil ainda. Adoro picolé de Tapioca com Coco. As minhas unhas me ferem quando estão muito grandes. Lavo o cabelo quase todos os dias.  Ando pulando. Caio toda hora. Derrubo tudo que pego. Tropeço a todo momento. Todo mundo sabe onde eu moro. Brigo muito com a minha mãe. Detesto falar palavrões. Já entrei no curso de inglês 2 ou 3 vezes e sempre desisto. Era louca por futebol. Sinto muita falta da minha prima que passou na faculdade e está morando em Salvador. Amo o Gabriel Silveira, o Hallisson Gomes, a Bárbara Muniz e o Raphael Vieira
"Quando dei por mim, já tinha me tornado uma pessoa fria e sem sentimento algum. Por mais que tudo em minha volta se mostrasse feliz, meu rancor era maior que qualquer coisa. Fiquei implicante, chata, mal-humorada e sem educação. Sem entender esses risos descontrolados e inúteis. Essas frases de impacto que nunca salvarão o mundo, essas pessoas que falam de amor como se fosse algo fácil e simples, pessoas que amam pessoas sem nunca terem se visto pessoalmente; amizades falsas e simplesmente por interesse. Enfim, quando dei por mim, fiquei mais critica e seletiva. Agora só desejo que o mundo me entenda; eu não escolhi ser assim, o mundo me tornou assim. Um dia quem sabe meu senso de ridículo vá embora, e eu volte a gostar do mundo como ele é."

segunda-feira, 25 de julho de 2011

(RAH)² (AH)³ + RO (MA) + RO (MA)² + (GA)² + OOH(LA)² 

sexta-feira, 22 de julho de 2011

"Se faltar calor, a gente esquenta. Se ficar pequeno, a gente aumenta... E se não for possível, a gente tentaVamos velejar no mar de lama... Se faltar o vento, a gente inventa."

Que palavras te chamam a atenção? Ponha-as na prática.
Já reparou o quanto é fácil ferir as pessoas hoje em dia? As palavras perderam seus contornos mansos, delicados, singelos e cálidos. Elas são pontiagudas e duras. Cortam, corroem. Fazem as pessoas tornarem-se perversas, ruins. Incapazes, menores. Maliciosas e irônicas. Despertam um lado, aquele lado negro que todos nós tentamos esconder. Até que se torna impossível camuflá-lo entre a bondade e o amor. Por que você sofre tanto que desconhece esses sentimentos. Os olhos, antes úmidos e vermelhos, tornam-se secos e penetrantes. E ainda existem pessoas que tentam apagar tudo que fizeram, com aquele velho e clichê pedido de desculpas.
"Não grite sua felicidade tão alto. A inveja tem sono leve."
"A pior parte da traição é que ela vem justamente quando nós não a esperamos e através de quem nós nunca desconfiamos."

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Sinta a brisa leve tocar o seu rosto, inspire-se. E quando sentir-se pronto, compartilhe. Escreva.
Esta manhã eu acordei leve, completa, alegre... O sol que entrou pelas frestas da janela não me incomodaram, fizeram-me sorrir, por saber que mais um dia começava... E nada nem ninguém vai tirar-me desse estado, por que hoje, força nenhuma será capaz de destruir o que eu estou sentido.  
Minha Autoria
"E a verdade chega como um teto gigante que desaba numa cabecinha de vento. O que eu mais temia."
Tati Bernardi
"Não se acostume com o que não o faz feliz. Revolte-se quando julgar necessário." 

Caio Fernando Abreu
"Fazia muito tempo que eu não tinha vontade de sorrir para nada nem para ninguém, então era extraordinário que ele conseguisse perturbar assim os cantos dos meus lábios."
"(Im)pessoalmente dizendo: bagunçada, arriada, vivendo de sonhos que nem eu mesma sei distinguir da realidade. Um punhado de palavras que calam, um bocado de silêncios que falam pra caralho. Não sei definir bem isso de coisas que eu gosto. Eu gosto de muitas coisas, apesar de desgostar da maioria, na maioria das vezes. Não gosto de rotina, não suporto uma coisa que é só uma coisa. Tudo tem que ser além. Tudo tem que transbordar."

"O que tem por trás desse sorriso, que me deixa fissurado em você?"
"- Bem, você gostaria de ir ao baile comigo? 
- Eu adoraria ir com você - disse ela, finalmente - mas com uma condição.
Eu me endireitei, esperando que não fosse algo constrangedor demais.
- E o que é?
- Você tem de prometer que não vai se apaixonar por mim."

 Um Amor Pra Recordar
“Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante. Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se fosse nada. Que seja doce o dia quando eu abrir as janelas e lembrar de você. Que sejam doce os finais de tardes, inclusive os de segunda-feira - quando começa a contagem regressiva para o final de semana chegar. Que seja doce a espera pelas mensagens, ligações e recadinhos bonitinhos. Que seja doce o seu cheiro. Que seja doce o seu jeito, seus olhares, seu receio. Que seja doce a leveza que eu sentirei ao seu lado. Que seja doce a ausência do meu medo. Que seja doce o seu abraço. Que seja doce o modo como você irá segurar na minha mão. Que seja doce. Que sejamos doce. E seremos, eu sei.'' Caio Fernando Abreu.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

domingo, 10 de julho de 2011

Fênix

Eu já não suportava viver lá. Parecia que o tempo não passava. O relógio não se importava em mover os seus ponteiros. As horas eram cada vez mais longas. Os minutos aparentavam durar dias. E eu contava os milésimos de segundos para que o meu plano entrasse em ação. A Terra se tornou um verdadeiro caos. A começar por mim. Pessoas insatisfeitas, mal humoradas, que fazem o problema parecer cada vez maior. E sem solução. O trânsito de todo dia, as reclamações de um chefe incompetente que eu definitivamente substituiria com excelência. E na volta do trabalho, crianças vendendo balas para depois se drogar, beber, fumar.

A televisão, o banal horário político que chega a ser ridículo. Aquelas propagandas, cheias de cores e músicas alegres, irritantemente contagiantes, que a gente canta todo o dia quando estamos distraídos, e que definitivamente não tem nada a ver com a realidade. Eu não me atrevo a viajar de carro, por que as estradas estão horrorosas, tão esburacadas que em alguns momentos, tenho medo de me afundar em alguns dos buracos, ou melhor, crateras. E avião está fora de cogitação. Ouço todas as noites a Fátima Bernardes comentar sobre o caos aéreo. Nem passo perto de um aeroporto, por que anda tão cheio de marginais, que corro o risco de ser assaltada na porta.

E então, chego em casa, a geladeira vazia, por que encarar um supermercado está cada dia mais difícil, além dos preços inflacionários e absurdos, a fila é imensa. Acho que deveriam existir uns banquinhos próximos ao caixa, pra que as pessoas possam se sentar. Meu marido diz que reclamo de boca cheia, por que pelo menos não tenho que pegar ônibus às cinco da manhã. Aqueles lotados, que as pessoas ficam amontoadas como sardinhas. É, eu tenho meu carro, mas e quem não tem? Quem vive num ponto de transporte público, cuja passagem está cada dia mais cara? E isso por que ainda não falei das drogas. Até naquelas vilas do interior já existem um monte de prisioneiros do crack. É assim que os chamo, por que um drogado é escravo do seu vício.

E então, resolvi me tornar um Manoel Bandeira. Vou-me embora, mas não para Pasárgada. Por que lá tem rei, e eu sou contra a monarquia. Vou para Fénix. Uma cidadezinha que fica em cima de um cometa, mas por incrível que pareça, lá não é tão quente assim. O clima é ideal. Tem uma brisa leve, que toca meu rosto quando fico na varanda. É... Lá as pessoas podem se deitar numa rede sem correr o risco de levar bala perdida. E como não tem efeito estufa, não fico resfriada pelo menos uma vez por semana por conta da mudança brusca de temperatura. Não tem trânsito, até por que não existem carros, nem ônibus, muito menos aqueles motoqueiros atrevidos. Tudo é perto, por isso eu ando a pé, e economizo com a academia. Não existem chefes, por que as pessoas são civilizadas e não precisam de ordens, sabem o que e como devem fazer.

As crianças brincam descalças na rua. Eu fico maravilhada toda vez que as vejo se sujar de terra. É tudo tão normal. Não existem mães histéricas e com manias malucas de limpeza. Não existem senadores, governadores. Cada um cuida do que é seu, e está sempre disposto a ajudar o próximo. Os supermercados continuam lotados, mas os preços são menores e é até bom ficar na fila, por que em Fênix existem os banquinhos que eu tanto sonhava. E tem música também. De qualidade, logicamente. Eu fico parada, pensando. Lembrando. Sorrindo à toa. As pessoas não viajam por que encontram tudo aqui. Estão sempre de bom humor, e o vizinho não põe veneno no seu quintal. Pelo contrário, ele até molha sua grama quando, por um descuido raro, você esquece de fazê-lo. Eu sinto uma vontade imensa de abraçar os meus amigos, por que agora sei que eles são verdadeiros e não fazem aquela cara de perversidade que eu vejo na novela, até por que aqui não existe televisão, as pessoas vão ao parque às seis horas, ao invés de ficarem no sofá. 

Adoro sair à noite, vou para a balada. É... Eu sou uma cinquentona, e mesmo assim, danço todas. Até eletrônica. E os jovens não riem de mim. Têm bebidas, mas não são alcoólicas, ou seja, nada de ressaca no domingo. Domingo é dia de praia, futebol, maracanã. Não existe rivalidade e os torcedores não levam peixeiras para o estádio. Não existe revólver, e nem policial autoritário que acha que pode humilhar as pessoas. Até por que não existem ladrões, existem seres humanos. Que erram e reconhecem. Se arrependem e agem diferente. Mas o que faz de Fênix um lugar melhor não são as coisas que existem lá, são as pessoas. Elas honram o título que recebem. Humanidade. Uma palavra tão bonita. Mas tão rara na prática.

Porém, apesar do desejo que tenho do meu sonho se tornar real, está na hora de acordar, esfregar os olhos e levantar. Mais um dia se inicia. Fênix fica para trás. Mas por que não continuar sonhando, no entanto acordada? Por que não agir como ajo na minha cidade-cometa? Hoje será diferente. Eu vou suportar o trânsito ouvindo música, vou sorrir para o chefe mesmo que ele faça aquela cara de desgosto de sempre, e abraçar os meus amigos, por mais que não sejam verdadeiros. Hoje eu vou agir diferente, quem sabe assim todos não façam como eu? Uma andorinha só não faz verão, mas faz a sua parte para que as outras também queiram o sol. Um dia, mesmo que demore, o planeta Terra será o cometa Fênix.

Por: Ana Victória Boa Sorte

quarta-feira, 29 de junho de 2011

As pessoas não são feitas de ferro, nem nenhuma parte delas. Por isso não espere que elas hajam sempre certo, nem errado em todas as situações. Espere atitudes humanas. 
Sempre que você pensar que todos estão compactuando contra sua felicidade, lembre-se que ela só depende das suas ações, e só você pode destruí-la. 

quarta-feira, 15 de junho de 2011



Não consigo mais me colocar no lugar dos outros, os meus olhos não se umedecem diante do sofrimento alheio,  não acredito em demonstrações de amizade ao menos que sinta serem sinceras,  não tenho pena das pessoas e não as ajudo sem que me peçam. Não faço favores, cumpro com as minhas obrigações e ainda reclamo. Dou conselhos sem sentimentos. Me sinto no direito de ignorar. Por que quando eu mais precisei, ninguém chorou ao meu lado enquanto minha vida se partia, e o meu coração se abria em dor e lágrimas. 


(Não acredite em tudo que você lê)

terça-feira, 14 de junho de 2011

"Que toda e qualquer energia negativa que chegue até mim se transforme em amor."


PS: Parece clichê, até você entender o significado oculto das palavras. 
Se ele se partir em duas metades iguais, e cada uma delas seguir um rumo diferente, desista: Não há como juntar  as peças, pelo menos não como era antes. 


"Quem duvida da vida tem culpa, quem evita a dúvida também tem."

Prove o sabor da liberdade.
"O sol nascendo sem saber o que iria iluminar."


"Eles querem te vender, eles querem te comprar. Querem te matar de rir, querem te fazer chorar. Quem são eles? Quem eles pensam que são?" 

(Engenheiros do Hawaii - 3ª do Plural)
Estenda a sua mão para quem uma dia a fechou quando você precisava. Sorria para quem te fez derramar lágrimas. Beije quem cuspiu em você. Elogie quem te criticou às suas costas. Abrace quem foi capaz de te dar um bofetão. Ajude quem te negou apoio. Haja diferente e lembre-se: tudo o que você faz sempre volta para ti.

Quando as paredes começam a desmoronar sobre mim, e o chão insiste em abrir sob meus pés, eu me lembro que mesmo distante, ainda tenho a minha melhor amiga.


PS.: Por favor não me deixe, BCM ♥

Beijos, carícias e abraços não diferem uns dos outros, ocorrem da mesma forma e quase sempre com a mesma intensidade. Todos os amores são iguais, se é que o amor ainda existe. 

sábado, 11 de junho de 2011

E esse é só o início de uma caminhada muito longa. Cheia de pedras, lágrimas e dores. Alguns poucos sorrisos que às vezes diminuem o cansaço. A minha jornada não chegou ao fim, e ainda não sei se ela realmente terminará e como será o seu encerramento. Há momentos em que a estrada parece ter acabado. Mas acredite: É só mais uma curva. 

sábado, 14 de maio de 2011

Estamos distantes e ao mesmo tempo tão perto. A amizade que nos une pode vencer todas as distâncias, ela sim é mais forte que o tempo. Ela sim poderia atravessar a imensidão do espaço e transcender os limites da vida. Sim, como ela é forte, pois essa amizade nada nem ninguém destruirá. Que perdure enquanto nossas almas existirem. Que nem o tempo e nem mesmo os nossos erros terminem a nossa amizade. Pois nada é mais valioso do que ela. 

Por: Carina Rodrigues
Para: Ana Victória Boa Sorte
“Não careço dizer-lhe que o amor foi meu. Não é necessário que eu explique ao senhor o porquê de estar aqui, frente a mim nesse momento. Sua presença já o revelou. Para que uma mulher sacrifique assim todo seu futuro como eu fiz, é necessário que a existência tenha se tornado para ela um deserto, onde não resta senão um cadáver de um homem que o assolou para sempre. O senhor não compreendeu nem retribuiu o meu amor. Supôs apenas que eu lhe dava preferência entre outros namorados, ou o escolhia para herói dos meus romances. Conheci que não me amava como eu queria e merecia ser amada. Mas ainda assim, iludia-me com um amor que eu julgava suficiente. Mais tarde, o senhor dirigiu esse mesmo afeto com que me consolava e transportou-o à outra, mas ainda assim, tive forças para amar-lhe e perdoar-lhe. Mas o senhor não me trocou pelo amor de Adelaide, e sim por seu dote, um mesquinho dote de trinta contos de réis. Eis o que não poderias ter feito, desprezasse-me, embora não destituísse do pedestal em que lhe coloquei em minha alma. Eu tinha um ídolo, o senhor abateu-o do topo e lançou-o ao pó. Eis o seu crime. A sociedade não tem leis para puni-lo, mas há um remorso para ele. Não se assassina assim um coração que Deus criou para amar, incutindo-lhe a descrença e o ódio. A riqueza que Deus me deu veio tarde. Já conhecia o mundo e suas mazelas, sabia que a moça rica era só mais um arranjo, e não uma esposa. Que me serviria todos os meus bens? Mostrar à esse homem que mulher o amava, e que alma perdeu. Mas ainda afagava uma esperança. Se o senhor recusasse nobremente minha proposta aviltante, iria lançar-me aos seus pés, pedir que dissipasse minha riqueza se desejasse, mas novamente minha última lamentação foi destruída por suas duras escolhas e cruéis palavras. Que me restava então, se o senhor matou-me o coração? Mas acalme-se que o suplício pode não ser longo. Dos 100 contos de réis que o senhor avaliou-se, já recebeu 20, aqui estão os oitenta que faltavam. Agora posso chamar-lhe de meu, meu marido, pois é este o nome de convenção. Vamos, continuemos a nossa comédia para alegrar-nos, venha e dê-me o seu primeiro beijo de amor! Não é verdade que o senhor sempre me amou e nunca preferiu nenhuma outra mulher senão a mim?” (Aurélia – Adaptação).

Senhora, José de Alencar – Cap. 2 (Quitação).

Por que você o ignorou dessa forma tão cruel? Por que foi capaz de rejeitá-lo sem conhecer ao menos como era por dentro? Como pôde julgar pelas aparências? Por que não o deu uma chance e preferiu o que pareceu ser melhor? Não se fere um coração com os espinhos das rosas sem que ao menos possamos conhecer sua fragrância. Nem tudo termina com um “viveram felizes para sempre.” Ou melhor, nem todos se incluem no “viveram”, às vezes eles vivem, mas não você
Valorize o que é seu, enquanto for seu. Não chore pelo que foi perdido, se lamentar definitivamente só lhe fará mal, e não resolverá nada. Aproveite o agora, sem pensar no depois ou no amanhã. Ele só pertence a Deus. Por isso não faça planos, para não se decepcionar por que eles não deram certo, ou foram frustrados por qualquer motivo. Confie mais em você. Só assim poderá encontrar a plenitude da felicidade, ela só depende das suas ações. Grite para o mundo o que quiser que ele ouça, liberte-se. Seja, olhe. Mas acima de tudo AME. 

domingo, 8 de maio de 2011

Se não ama, ao menos respeite.

Mesmo que eu me ajoelhasse e lhe pedisse perdão por tudo que fiz, nada adiantaria. Se eu te desse o mundo para agradecer o quanto se sacrificou por mim, não seria suficiente. Ainda assim, você não exige, não cobra, não pede... É a maior benção de Deus, a prova viva de que o amor ainda existe. Mãe, eu te amo muito, obrigada por tudo. 

Por que paz e amor...

e não amor e paz? Se você aprende o valor do afeto, do carinho e do respeito, mesmo que não demonstre, você sabe o que é o amor, e conseqüentemente já ama. Se todos amarem a si mesmo e quem está próximo, os outros se achegarão. A paz será só mais uma conseqüência. 
50 receitas (para esquecer alguém) - Leoni
http://www.4shared.com/audio/banSMU4O/LeoniAo_vivo-50_receitas.htm
Cruel não é quem fere com a verdade, mas quem ilude com a mentira. Faça ela sofrer dizendo que não a ama, mas jamais a faça sorrir enganando-a com um amor que não sente. 

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Não relembre o passado. Lamentar não faz as horas retornarem. Se errou, siga em frente e mude. Se acertou, sorria e faça tudo de novo. 
Um blogger é repleto de amor, carinho, afeto, doçura, tristeza, felicidade, saudade, paz, harmonia. As palavras sorriem, as frases choram, por que mesmo sendo simples letras marcadas numa tela de computador, possuem sentimentos, que vêm diretamente de quem as coloca onde estão. Então leia apenas se estiver preparado, se estiver seguro e pronto para compreender o significado do que for escrito. É preciso ter alma, mas além de tudo, é necessário coração.
"Um dia você estará sozinho, irá fechar os olhos e tudo desabará. Os contatos do seu MSN entrarão e você não terá ninguém pra conversar. Você irá procurar alguém para contar da sua vida, mas não haverá ninguém tão solidário para te escutar e te abraçar. E quando seus pés perderem o chão, você vai lembrar da minha ternura, do meu sorriso infantil e das inúmeras vezes em que eu falava e você nem respondia. De novo vai sentir um aperto no peito, uma pausa na respiração e vai torcer para ter o nosso mundinho delicioso e que eu ainda te ame. O nome disso é saudade, que eu tinha tanto e te falava sempre. E quando você me procurar, puxar assuntos, eu esteja ocupado e não possa responder. E se você procurar meu número, me ligar, eu não possa te atender. Seus olhos te ensinarão o que são lágrimas, que eu te disse que ardiam tanto. Você estará arrependido e triste. Então, quando os dias passarem e eu não te ligar, quando ninguém te olhar com meus olhos encantados. Você sentirá solidão. E o remédio para essas sensações é o tal do tempo que você tanto falava."

sábado, 19 de março de 2011

domingo, 13 de março de 2011

 Ainda que os teus passos pareçam inúteis, vai abrindo caminho, como a água que desce cantando da montanha. Outros te seguirão. (Saint-Exupéry)
É preciso que eu suporte duas ou três larvas se eu quiser conhecer as borboletas. (O Pequeno Príncipe).

Pensamos em demasia

e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que da inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas duas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido. (Charles Chaplin - O último discurso, do filme "O grande Ditador.")
Não perca o seu tempo com inúteis. Além de não terem valor nenhum, você poderia estar aproveitando para semear a sua vida e transformá-la em algo importante, não só para você, mas para todos que te cercam. 
Não tente adivinhar o futuro. Suas previsões raramente estarão certas. Jamais faça planos, eles podem ir por água a baixo, e suas expectativas serão frustradas. Aproveite o agora. Viva com toda a intensidade, como se hoje fosse o último dia de sua existência. Ignore o futuro. Talvez ele nem chegue. Pense no presente e lembre-se que ele não recebe esse nome por acaso. 
1.248 visitas, em menos de 7 meses *-* Obrigada! s2

sexta-feira, 11 de março de 2011

Rhana Rodrigues Teixeira Pena

Acredito que você não imagine o quanto significa pra mim. Mesmo com tudo que um dia eu te fiz, ou que você me fez. Mesmo com as brigas infantis e as suas conseqüências. Mesmo que um dia você me fez chorar e eu lhe fiz derramar lágrimas de ódio. Mesmo que quando crianças nos desentendíamos. Você foi a minha primeira amiga, e estamos juntas até hoje. Nada nos afastou, e vivemos firme e fortes. Somos como irmãs, e essa amizade só aumenta com o tempo. São 12, 12 anos de amizade. Eu era apenas uma criança de 3 anos, prestes a completar 4. Agora, tenho 14 e daqui alguns meses completo 15. Mudei muito, me transformei, e você também. Eu não sabia ler, escrever. Falava pouco, entendia menos ainda. Não sabia me vestir ou me arrumar. E você era como eu. Duas colegas que ainda não conheciam o mundo, e não sabiam nem ao menos o que era a vida, sem sentir o prazer de estar vivo. Brincávamos juntas, estudávamos, conversávamos, andávamos e sentávamos sempre uma ao lado da outra. À medida em que crescíamos, nos tornávamos pessoas. Desenvolvemos nossas próprias personalidades, tão distintas uma da outra. E eu sou um pouco de você. Você é um pouco de mim. Nos tornamos gente uma com a outra, então, como não sermos tão iguais? É como se fóssemos uma só. Você sou eu, seus amigos são meus também. Sua casa também é onde me abrigo. Somos uma metade, um complemento. E mesmo tão diferentes, nada foi capaz de nos separar. É tão incrível o que temos juntas. 12 anos te vendo todas as manhãs, e agora nos separamos dessa forma? É difícil não te ver todos os dias, e saber que não te tenho mais ao meu lado. É ruim pensar que não tenho mais a minha melhor amiga no colégio, na minha casa. Só de lembrar, as lágrimas inundam o meu rosto. Eu queria lhe dizer que nem essa distância e nem nenhuma outra vai nos separar, você não vai conseguir se livrar de mim tão fácil. Por que não há ninguém com quem me identifico mais do que contigo. Eu te amo, de verdade, sem exagero nenhum. E queria te ter sempre comigo. Obrigada por tudo, obrigada sempre. 

terça-feira, 8 de março de 2011

Ramon Maia e Lohanna Caires. Eu sei que faço tudo errado. Ajo por impulso e não percebo quando erro com vocês. Eu sei que eu magoo, que eu esqueço, abandono e lhes deixo tristes. Mas saibam que eu os amo muito, de verdade, e sempre que erro, é tentando acertar. Um dia eu aprendo, mudo, e prometo que vou ser melhor, e valorizar os tesouros que são vocês dois. Contem sempre comigo, pra tudo. Vou estar sempre ao seus lados. Obrigada por me perdoarem mais uma vez, e novamente confiarem em mim, me darem uma nova chance. Amo vocês, TA s2
É impossível não amar absolutamente tudo, desde os mínimos detalhes.

Essa é a minha centésima postagem. Comecei o blog dia 21 de agosto de 2010, e parece ter mais de um ano. Aqui você pode revelar o que pensa, escrever, sentir, demonstrar. As palavras torarnam-se suas companheiras, e nada lhe contradiz. É maravilhoso saber que tenho essa página na web, e tudo que eu escrever vai ser lido, e talvez até compreendido. A antiga sensação de solidão desaparece, só de pensar que existe um mundo de letras, palavras, frases e textos que esperam por mim.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Destino

Eu não escolhi me afastar de você e, no fundo, acredito que não foi seu desejo nos tornamos tão distantes. Percebi naquele primeiro momento que não seria paixão, seria um amor capaz de estremecer cada célula do meu corpo, e transformar-me em um alguém melhor.

Cada beijo foi eterno, e eu sentia-me envolvida por inteiro quando nos abraçávamos. Foi ai que descobri um sentimento novo, uma sensação diferente, que não me parecia real, era como se eu não sentisse mais o chão por que meus pés haviam se transformado em asas. A brisa leve das nuvens tocava meu rosto, e aquele gesto cálido me fazia recordar dos seus carinhos.

Tínhamos tudo para que fosse eterno. Era inexplicável, insolúvel, incomparável. Era imenso. Mas não era verdadeiro. Não era sincero. Se realmente fosse, teria sido pra sempre. Mas não foi. E culpamos o tempo. Senhor do universo que une, mas também separa. As horas mágicas tornaram-se monótonas, e não contávamos os segundos para nos vermos, mas para nos despedirmos.

Arrastamos tudo aquilo, até que chegamos ao ponto melindroso da história: não havia mais amor. As juras de felicidade foram esquecidas, as promessas quebradas. Foi o fim. Não há por que se entristecer ou lamentar. Ora, que final mais belo poderia haver um drama onde os personagens não mais existem?

domingo, 27 de fevereiro de 2011

E o que vai ficar na fotografia são os laços invisíveis que havia. As cores, figuras, motivos. O sol passando sobre os amigos. Histórias, bebidas, sorrisos, e afeto em frente ao mar.
Estou vendo filme. Cada estrada que eu passei. Cada história que eu vivi, os futuros que eu sonhei. Cada dia, cada mês. Cada estação que eu dividi com vocês. Abri meu coração. Se um dia alguém falou que o que foi não volta mais, a vida continua, a escolha é sua. Sou feliz de olhar pra trás. Como não lembrar de vocês, como não chorar outra vez? Só de lembrar, poder te abraçar. Se a estrada se abrir, e eu tiver que seguir, vou levar comigo cada amor de amigo. Como não querer de novo? Posso até ser bobo com vocês. Viveria tudo outra vez. Portas se abriram. Tive dias de frio, histórias fugindo, corações se unindo. Cada choro, cada riso, cada emoção que eu dividi com vocês. Abri meu coração. Se um dia alguém falou que o que foi não volta mais, a vida continua, a escolha é sua. Sou feliz de olhar pra trás. Como não lembrar de vocês, como não chorar outra vez? Só de lembrar, poder te abraçar. E os laços que eu plantei, que formaram raízes no meu chão. Vou colher por toda vida amigos do meu coração. E se o mundo te esquecer, quando o dia amanhecer, quero estar aqui também. Vamos juntos para o ano que vem.

Fim de Ano - Rafinha.
Estupro é um dos crimes mais terríveis da Terra. O problema dos grupos que lidam com o estupro é que eles tentam ensinar às mulheres como se defender. Enquanto que o que precisa ser feito é ensinar aos homens a não estuprar. - Kurt Cobain

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Meu blog anda desatualizado e péssimo, pessoal, eu sei. Mas prometo que vou postar vários textos assim que puder e tiver tempo livre. Obrigada.
Ellen Darah, Marcella Almeida e Denise Ladeia, minhas lindas! s2

Ana Luiza!

Eu gosto tanto de você, amiga. É inexplicável termos nos identificado assim, tão rapidamente. E termos nos aproximado tanto, em menos de uma semana. Minha nova colega, grande amiga, companheira, vizinha e chará. Até os nossos gostos se parecem. Só você pra escutar Charlie Brown comigo. E além de fazermos aniversário em maio, o mesmo presente: vamos juntas pra Disney nos nossos 15 anos. Te amoooo Lu.
Sei que você já não quer o meu amor. Sei que você já não gosta de mim. Eu sei que eu não sou quem você sempre sonhou, mas vou reconquistar o seu amor todo pra mim. 

Anna Júlia - Los Hermanos.

Loló,

eu amo muito você e a cada dia que passa nos tornamos cada vez mais amigas. Te devo um texto, viu? s2

Para: Bárbara Castro Muniz.

Tudo que eu vejo me lembra você e o que nós passamos juntas. Foram as maiores risadas do que me parece agora tão sem graça. Foram as mais divertidas brincadeiras que agora me parecem infantis. As mais interessantes conversas que hoje são tão dispensáveis e inúteis. E os doces que me parecem tão amargos. O colégio tão animado agora sem cor e sem vida. As ruas são sempre iguais. As pessoas são as mesmas e nenhuma delas me faz sentir como eu sentia antes. As festas parecem não ter som, o telefone parece estar mudo e nos meus cadernos não há mais as suas mensagens no fundo. A academia está tão vazia e silenciosa, não há ninguém, nenhum sinal de vida ou movimento. O relógio, que antes corria, parece estar tão cansado que os ponteiros já não se dão mais o trabalho de sair do lugar. As músicas são apenas um conjunto de notas e barulhos, sem melodias ou alguma letra que seja capaz de tocar-me fundo. Não há mais nenhum sinal de mensagem chegando, ou uma ligação com o nome seu. Falta-me ânimo. Não há mais sorvetes, nem lanches, pastéis. Não há mais cadernos, nem livros ou lápis. Nem o arco íris aparece mais. Nem o sol brilha como antes.  A lua não se preocupa com sua luz. Nada tem mais sentido. As risadas sempre escondem alguma tristeza oculta. E chorar tornou-se um verbo praticado por mim invariavelmente todos os dias. Os lugares mais animados parecem ter morrido, e as flores estão todas murchas. Perderam sua cor. A piscina parece estar vazia. Nenhuma gota de água, nenhuma sinal de felicidade. Por que o destino é tão cruel? Por que a vida insiste em nos fazer sofrer? Por que o mundo está girando em torno da distância e da saudade? Por que você foi embora, amiga? Por que me deixou aqui sozinha e não me levou contigo? Por que me abandonou assim, sem rumo? Eu já não enxergo os seus passos, sinto falta dos seus abraços. Sinto falta de tudo que um dia nós passamos juntas. Até das discussões eu tenho saudade, por que as reconciliações eram sempre verdadeiras. Eu nunca vou ter outra amiga como eu tive você. Não vou mais encontrar alguém assim, pra estar ao meu lado em todos os momentos. Não tenho mais a minha irmã comigo, a minha colega, aluna, professora. Enfim, o meu tudo. O que nós construímos juntas não foi apenas amizade. A nossa história se resume em sinceridade. Por que tudo que eu tinha de mais verdadeiro dentro de mim seguiu diretamente para você. Eu sinto tanto a sua falta, e todos os dias eu me lembro de ti. Nem que eu passasse dias escrevendo, nada demonstraria o que estou sentindo. Que Deus te ilumine em sua nova vida. Obrigada por tudo. Estou com muitas saudades. Volta logo. Eu te amo amiga.

Observação: Mesmo que eu tenha feito milhares de textos, e faça outros milhões, esse sem dúvida é o mais belo de todos, por que tem sinceridade em cada uma de suas palavras e demonstra exatamente o que estou sentindo agora, distante da minha melhor amiga.


domingo, 13 de fevereiro de 2011

"Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar que tudo era pra sempre sem saber que o pra sempre sempre acaba?"

Por Enquanto - Cássia Eller

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

"Que eu nunca perca

a vontade de viver, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, dolorosa. Que eu não perca a vontade de amar, mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo pode não sentir o mesmo por mim. Que eu não perca a vontade de ser grande, mesmo sabendo que o mundo é tão pequeno."
Saudades de quando o Cine era a abreviação de cinema, e Restart, apenas um botão de vídeo game. 

Eu sinto muito a sua falta.

Sem...

... os seus abraços, seus conselhos, seu ombro amigo, seu sorriso, sua voz, seu carinho, sua fidelidade e lealdade, sua confiança, suas ligações, suas mensagens, nossas fotos, sua ajuda, sua amizade, nossa irmandade, enfim, sem você eu não sou nada, não existo. Não faço sentido, não busco um rumo sem a minha melhor amiga, irmã, sem meu chão. Mas mesmo sabendo que ficaremos distantes, eu sinto que te terei perto. No meu coração, pra sempre guardarei as nossas lembranças. Bárbara Castro Muniz, eu te amo muito, ninguém nunca vai te substituir, e eu sei que isso é recíproco.



"Carregue ela e finja que você vai jogá-la na piscina. Ela vai gritar e te bater, mas secretamente ela vai amar. Diga que ela está linda. Olhe em seus olhos enquanto você fala com ela. A proteja. Conte piadas idiotas para ela. Faça cócegas nela, mesmo que ela te mande parar. Quando ela começar a te xingar diga que a ama. Deixe-a adormecer em seus braços. Deixe-a brava, em seguida, beije-a. Provoque ela. Deixe ela te provocar de volta. Beija-a na bochecha. Beija-a na testa. Apenas beije-a. E quando você se apaixonar por ela, diga a ela."

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Para as fãs de esmaltes: http://loucasporesmalte.virgula.uol.com.br/ Minha best que indicou, e vale muito a pena conferir.
14:14 :D

falta de tempo,

e a enorme preguiça me perseguem e furtam toda a minha inspiração e desejo de escrever, bjs

Jorge e Mateus,

em Guanambi pelo amor de Deus.

Bárbara Muniz,

Taynne Viana, Daniel Donato, Vinícius Gomes, Joyce Fernandes, Luiza Boa Sorte, Léo Boa Sorte, João Vitor P. e todos aqueles que vão me deixar aqui sozinha, nunca se esqueçam que eu vou estar sempre esperando por vocês. 

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Chapada Diamantina - BA

Os minutos transcorreram rapidamente, parecia que o tempo corria contra mim. Mas foi tudo incrível, e cada segundo parecia ser mágico. Uma semana não era suficiente para aproveitar tanto. Seria preciso um mês. Valeu muito a pena. 



                      Cachoeira do Garapa                                         

Poço Azul 

Andaraí

Andaraí

Cachoeira do Iguassu

Cachoeira do Iguassu

C. do Garapa

C. do Garapa

Poço Azul

Vista de cima do Poço Azul 

  Cemitério Santa Isabel - Mucugê

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Faltavam 15 minutos...

... para que a mudança estivesse decretada. As pessoas se amontoavam na areia, sandálias à mão, vestidas de branco. Algumas, emocionadas com a situação, desciam até a borda do rio, lavavam o rosto e admiravam toda aquela imensidão de água. Havia holofotes que iluminavam e ressaltavam a beleza de todo o curso do rio, e ofuscavam os olhares retumbantes de alegria. Eu, de cabeça baixa, estava sentada na fria areia. Admirava tudo aquilo, e me impressionava com as expressões das pessoas. Mesmo cansadas, pareciam estar vivendo um grande momento.

Então, como num segundo, comecei a olhar fixamente para as águas. Tudo corria perfeitamente, num mesmo fluxo, e nenhuma gota se atrevia a mudar seu percurso. Cada qual procurava seguir o caminho que parecia correto. E percebi a semelhança de tudo aquilo conosco. Nós estamos sempre seguindo as opiniões, os conselhos, os melhores. E tentando nos assemelhar a eles, para que possamos um dia alcançá-los. Mas será que agindo dessa forma seremos bons?
Comecei a pensar então, que se uma gota se desviasse do caminho, o que seria do rio? Provavelmente ela seria condenada a viver só. Mas e se o novo caminho fosse melhor? Será que as outras gotas teriam também coragem para mudar e seguir seu próprio rumo? Ai imaginei que dessa forma o rio poderia ter outro curso.
Então, por que não temos coragem para trilhar nosso próprio destino? Era 31 de dezembro de 2010, faltavam menos de 5 minutos para que o ano novo começasse. 2011 talvez não fosse melhor, mas por que não ser diferente? Novo? Então decidi que eu seria a gota que se atreveu a mudar. Seguir meu próprio caminho e tomar as decisões que considerasse como corretas. Chegou a hora de recomeçar. Já. Mude os cursos d’água. Mude a sua vida. Sua felicidade só depende de você.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Com o peito aberto

e orgulho estampado em cada uma de nossas faces, podemos exclamar que chegamos à quarta geração, e não pararemos por ai. Virá a quinta, sexta, sétima... Num ciclo tão gracioso quanto infinito. São pessoas com um valor individual, que unidos correspondem a uma família de nome, raça, mas acima de tudo, uma família que representa o verdadeiro valor do amor, dos laços fraternos tão fortes quanto aço, que nada se torna capaz de romper.

Mais do que um passado, nós temos uma história, escrita com delicado pincel, numa dura rocha. Um roteiro que se desvenda aos poucos, revelando seus encantos e mistérios. Uma trama tão bela que não se resume, não se conta, simplesmente existe, envolvendo romance, drama, comédia e todos os outros gêneros que se pode haver.

Uma história de desentendimentos, brigas, confusões, gritos, lágrimas, mas rica em amor, carinho, beijos, abraços, que se resumem em alegria, por que não existem só sorrisos na felicidade.

Convivência que gerou dependência. Cada um de nós precisa de todos os outros para que se sinta completo, inteiro. E uma única pessoa ausente faz muita falta, como se estivéssemos vazios e incompletos.

E todos esses incansáveis conflitos nos ensinaram o verdadeiro valor de uma família. Aprendemos a conviver, e tornamo-nos maestros de uma grande orquestra, em que um único instrumento que não segue o ritmo afeta toda a obra final. Preocupamo-nos uns com os outros, e o seu problema torna-se nosso problema.

Entendemos que os melhores amigos estão conosco, em nossa casa, e esperam por nós. Acreditamos que nos momentos mais difíceis da vida, quando tudo parece desmoronar e as portas se fecham, a família sempre estará por perto, por que realmente nos ama. E se a dor um dia chegar, vão estar ao seu lado, pra acolher-te e amparar-te, por que nada é mais belo que um lar.

Aprendemos também a nos respeitar, e nos unir nas mais dolorosas situações. Sonhamos juntos e lutamos pra manter-nos estruturados. E com todos os vai e vens, entendemos que estarmos juntos torna-se um grande presente.

Alzira, com seu sorriso e bom humor, conquistando a todos e unindo-se a Alfredo, formou o ápice de toda essa cadeia. Vieram os filhos, cinco, todos de boa índole e criação, casaram-se, assim, nasceram os primeiros netos, até que conseguimos a vitória do primeiro bisneto. De muitos outros que virão.

Com todas as histórias, todas as pessoas, sentimentos, momentos, situações, geramos mais que uma simples cadeia, geramos uma grande pirâmide, de amor, carinho, respeito. Com muito orgulho, exclamamos com os olhos cheios de lágrimas, que conseguimos formar mais do que uma simples família, a Família Boa Sorte.

Um ano novo

significa uma nova vida. Que possamos transformar o presente para construir o futuro. Provar novos sabores, sentir novos odores e trilhar caminhos diferentes. Vamos mudar os cursos d'água. E que recomece o jogo. 

E que venha 2011...

... e todas as boas vibrações que um ano novo promete. Que possamos aprender o verdadeiro valor da vida, e aceitar todas as consequências das nossas escolhas. Que paremos de esperar as coisas acontecerem, e lutar pra que elas aconteçam. Que perdoemos as pessoas e suas formas de agir, e possamos perdoar a nós mesmos por nossos erros. Que valorizemos tudo que for nosso, enquanto nos pertencer. Que não machuquemos os sentimentos das pessoas, e nem nos arrependemos. Esqueça tudo o que passou, mágoas, ressentimentos. Vamos transformar o mal no passado, e o bem na lembrança. Sinta algo novo. 2011 vem ai, e tudo pode ser modificado. Nunca é tarde para repensar suas escolhas e tomar boas decisões. Nunca é cedo para lutar por seus objetivos. Descubra a felicidade sentindo o prazer de ser feliz. Nunca duvide de si, você sempre pode ser melhor. Sorria, o sorriso é sempre um bom começo. Dê tempo ao tempo, e faça tudo valer a pena. Não perca nenhum minuto, comece agora. Feche os olhos e conte. 5, 4, 3, 2, 1. E feliz 2011.