Eu não escolhi me afastar de você e, no fundo, acredito que não foi seu desejo nos tornamos tão distantes. Percebi naquele primeiro momento que não seria paixão, seria um amor capaz de estremecer cada célula do meu corpo, e transformar-me em um alguém melhor.
Cada beijo foi eterno, e eu sentia-me envolvida por inteiro quando nos abraçávamos. Foi ai que descobri um sentimento novo, uma sensação diferente, que não me parecia real, era como se eu não sentisse mais o chão por que meus pés haviam se transformado em asas. A brisa leve das nuvens tocava meu rosto, e aquele gesto cálido me fazia recordar dos seus carinhos.
Tínhamos tudo para que fosse eterno. Era inexplicável, insolúvel, incomparável. Era imenso. Mas não era verdadeiro. Não era sincero. Se realmente fosse, teria sido pra sempre. Mas não foi. E culpamos o tempo. Senhor do universo que une, mas também separa. As horas mágicas tornaram-se monótonas, e não contávamos os segundos para nos vermos, mas para nos despedirmos.
Arrastamos tudo aquilo, até que chegamos ao ponto melindroso da história: não havia mais amor. As juras de felicidade foram esquecidas, as promessas quebradas. Foi o fim. Não há por que se entristecer ou lamentar. Ora, que final mais belo poderia haver um drama onde os personagens não mais existem?
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