domingo, 2 de janeiro de 2011

Com o peito aberto

e orgulho estampado em cada uma de nossas faces, podemos exclamar que chegamos à quarta geração, e não pararemos por ai. Virá a quinta, sexta, sétima... Num ciclo tão gracioso quanto infinito. São pessoas com um valor individual, que unidos correspondem a uma família de nome, raça, mas acima de tudo, uma família que representa o verdadeiro valor do amor, dos laços fraternos tão fortes quanto aço, que nada se torna capaz de romper.

Mais do que um passado, nós temos uma história, escrita com delicado pincel, numa dura rocha. Um roteiro que se desvenda aos poucos, revelando seus encantos e mistérios. Uma trama tão bela que não se resume, não se conta, simplesmente existe, envolvendo romance, drama, comédia e todos os outros gêneros que se pode haver.

Uma história de desentendimentos, brigas, confusões, gritos, lágrimas, mas rica em amor, carinho, beijos, abraços, que se resumem em alegria, por que não existem só sorrisos na felicidade.

Convivência que gerou dependência. Cada um de nós precisa de todos os outros para que se sinta completo, inteiro. E uma única pessoa ausente faz muita falta, como se estivéssemos vazios e incompletos.

E todos esses incansáveis conflitos nos ensinaram o verdadeiro valor de uma família. Aprendemos a conviver, e tornamo-nos maestros de uma grande orquestra, em que um único instrumento que não segue o ritmo afeta toda a obra final. Preocupamo-nos uns com os outros, e o seu problema torna-se nosso problema.

Entendemos que os melhores amigos estão conosco, em nossa casa, e esperam por nós. Acreditamos que nos momentos mais difíceis da vida, quando tudo parece desmoronar e as portas se fecham, a família sempre estará por perto, por que realmente nos ama. E se a dor um dia chegar, vão estar ao seu lado, pra acolher-te e amparar-te, por que nada é mais belo que um lar.

Aprendemos também a nos respeitar, e nos unir nas mais dolorosas situações. Sonhamos juntos e lutamos pra manter-nos estruturados. E com todos os vai e vens, entendemos que estarmos juntos torna-se um grande presente.

Alzira, com seu sorriso e bom humor, conquistando a todos e unindo-se a Alfredo, formou o ápice de toda essa cadeia. Vieram os filhos, cinco, todos de boa índole e criação, casaram-se, assim, nasceram os primeiros netos, até que conseguimos a vitória do primeiro bisneto. De muitos outros que virão.

Com todas as histórias, todas as pessoas, sentimentos, momentos, situações, geramos mais que uma simples cadeia, geramos uma grande pirâmide, de amor, carinho, respeito. Com muito orgulho, exclamamos com os olhos cheios de lágrimas, que conseguimos formar mais do que uma simples família, a Família Boa Sorte.

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