sábado, 11 de setembro de 2010

Friiiiiiiiida Kahlo!



Uma grande mulher. Guerreira, capaz. Desafiando a sociedade repressora que vivia, mostrou que o poder feminino ia além de um sonho de casamento. A fibra que possuía para enfrentar seus medos e anseios, suas dificuldades, a fazia ir além das expectativas. Sua coragem a fez guerreira, a fez batalhadora, e a fez, acima de tudo, mulher.

Era bela, inteligente, não se deixava abater por nada. Nascida numa província mexicana, seu nome era Frida. Com seis anos de idade, foi constatado que possuía paralisia infantil. Mas não foi uma doença que a derrubou. Voltou a andar, a correr. Aos quinze anos, totalmente recuperada, estudando como qualquer outra adolescente, sofre um terrível acidente num ônibus escolar, uma trave de ferro introduz seu corpo, desde sua coluna até a região genital. Perde parte dos movimentos, passando cerca de dois anos imóvel. O seu único foco eram seus pés e, entediada pela imobilidade, começa a pintá-los como forma de diversão.

Aos 17 anos, os primeiros sinais de recuperação começam a aparecer. O gesso que envolvia seu corpo quase por completo é retirado. De cadeira de rodas, volta a pintar. Com o passar do tempo, Frida reencontra o prazer de andar, sentir o chão, e se torna uma pintora.

Ao procurar o apoio de artistas, revê um velho conhecido, Diego, também pintor. Envolvem-se emocionalmente, e enfim, se casam. Quando descobre que estava grávida, conta ao marido. No início da gravidez, tudo corre tranquilamente. Até que aparece ensangüentada, e sendo levada ao hospital, constata que perdeu o bebê.

Superada a crise, é informada de que sua mãe está prestes a falecer. Vai visitá-la, e depois, passa a viver próxima da família. Revê sua irmã, Cristina, e a convida para trabalhar como secretária do marido. Os dois se envolvem, mas Frida descobre tudo. Não aceita a traição e se separa.

Corta os cabelos, se torna alcoólatra, e partir dos momentos seguintes, começa a pintar telas surrealistas como forma de protesto e revolta. Por ser comunista, esconde um líder soviético, Trotski, e tem relações com mesmo.

Para interagir com o mundo artístico, viaja a Paris e ao se deitar com uma mulher, admite ser bissexual. De volta ao México, encontra seu marido, que lhe pede o divórcio. Dias depois, é presa por esconder um fugitivo, o líder comunista. Sua irmã a liberta, e Frida então a perdoa.

Quando se consulta com um médico, é decidido que deve amputar o pé e usar um aparelho capaz de diminuir as constantes dores na coluna, melhorando a postura. Depois de um tempo, a paralisia volta a afetá-la. Passa a viver como condenada. Vai até sua exposição de artes numa cama móvel. 

Frida então se diz morta. Missão cumprida. Hora de partir. Como em seu pedido, morreu cremada. Uma grande heroína que o mundo jamais esquecerá. Uma batalhadora que colocou a mulher no auge da sociedade. Um nome que reluz como ouro nos museus mexicanos. Uma artista que chegou exatamente onde pretendia. Parabéns, Frida, você conseguiu. 

                                                                            Por: Ana Victória Boa Sorte

2 comentários:

  1. Parabéns Ana Victória , eu simplismente amei o seu txto. Todo perfeito , continui assim :}
    e mais uma vez Parabéns !

    ResponderExcluir