Detestava acordar tarde. Coloco o cabelo atrás da orelha sempre que estou nervosa. Não rôo unhas e não gosto que façam isso perto de mim. Não tenho paciência com pessoas insistentes. Passo o dia todo dormindo, sempre que posso. Não gosto de sair com pessoas que não me sinto bem. Faço muitas coisas as quais não tenho vontade por obrigação. Amo a minha família, especialmente meus irmãos. Adoro chocolate, mas me sinto péssima depois que como. Não bebia refrigerante há 10 meses. Acredito muito em Deus e em milagres. Ultimamente ando meio preguiçosa. Gosto de estudar. Amo escrever. Detesto Geografia. Adoro exatas. Quero ser médica, mais especificamente, ortopedista. Não consumo nenhum tipo de bebida alcoólica, só quando a minha mãe me oferece. Nunca fiquei de paralela nem recuperação no colégio. Tenho imensa vontade de dormir nas aulas, mas não é sempre que consigo. Passo o dia sorrindo, inclusive sozinha. Prefiro abraços a beijos. Não sou muito fã de fotos. Adoro os meus amigos. Já fui muito possessiva. Sou taurina, mas acho que meu signo não tem muito a ver comigo. Não gosto de chamar muita atenção. Uso óculos. De vez em quando, pra falar a verdade. Não consigo ignorar as pessoas que não merecem minha atenção ou meu carinho. Nunca odiei ninguém em toda a minha vida. Não me apaixono fácil. Tenho mania de reler o que eu escrevo pelo menos três vezes. Detesto perder tempo no computador ou salão de beleza. Odeio banana. Adoro uva. Não como salsicha. Tenho poucos medos. Gritava as pessoas na rua e jogava bolinha de papel. Já fiz vários estilingues. Amo bolinha de gude. Adoro chiclete, não gosto de bala. Ultimamente tenho ouvido bastante Los Hermanos e Engenheiros do Hawaii. Era louca por Charlie Brown Júnior. Não tenho muito tempo livre pra atualizar meu blogger. Adoro passear de carro. Sempre durmo em ônibus. Já me machuquei feio em bicicletas. Andava de patins. Adoro contar piadas. Gosto de Jorge e Mateus. Tenho momentos extremamente sem noção. Não costumo me arrepender do que faço. Amo o Facebook. Não tenho paciência pra ver filmes. Odeio “Jogos Mortais”. Adoro comédia romântica e toda a série de Harry Potter. Não vejo seriados. Amo viajar, pra onde quer que seja. Sonho em ir pra África. Sou extremamente dramática em algumas situações. Detesto Física. Amo Química. Já fui fanática pelo Flamengo, hoje apenas torço e não acompanho todos os jogos. Perdi a minha camisa de rubro-negra. Já tive peixe, rato de laboratório, gato, cachorros, preás, cágados e ramster. Já criei uma lagartixa no meu quarto. Tenho uma cadela cega de um olho chamada Mel. Tenho muito medo de rãs, sapos e pererecas. Já fui operada. Já quebrei o braço (12 anos) e a clavícula (4 anos). Passo o dia brigando com meu irmão mais novo. Sinto muita falta dos meus amigos que estão morando fora. Já passei o dia inteiro chorando por nada. Ninguém entende minhas ironias. Não gosto que fumem perto de mim. Não gostava da Amy Winehouse nem do Michael Jackson. Quebro todas as minhas havaianas no mesmo pé. Já andei descalça na rua. Já tomei banho de lama e de chuva. Já me afoguei na piscina. Já dormi na varanda. Amo estrelas. Adoro sol. Não gosto muito de pipoca. Não sei cozinhar quase nada. Amo suco. Adoro sorvete. Sou louca por macarrão. Não consigo olhar fixamente nos olhos de alguém. Sou hiperativa em muitos momentos. Gosto de dançar, às vezes. Não sou muito de ir a festas, nem avenida, nem clube. Adoro fazenda. Amo a palha italiana que a minha amiga faz. Gosto de fazer brigadeiro. Adoro as minhas vizinhas. Sinto muita falta do meu antigo colégio, mas não me arrependi de ter saído de lá. Não suporto pessoas escandalosas. Rio das prosas de todo mundo, por que realmente acho graça. Sou lerda para entender muitas coisas e é preciso repeti-las sempre. Passo o dia inteiro comendo, de tudo. Adoro novidade. Experimento sempre um novo sabor de Milk Shake. Não gosto do Justin Bieber, Restart, nem dos colírios da CH, mas também não desejo que eles morram. Adoro fazer cócegas nas pessoas. Choro fácil e me magôo mais fácil ainda. Adoro picolé de Tapioca com Coco. As minhas unhas me ferem quando estão muito grandes. Lavo o cabelo quase todos os dias. Ando pulando. Caio toda hora. Derrubo tudo que pego. Tropeço a todo momento. Todo mundo sabe onde eu moro. Brigo muito com a minha mãe. Detesto falar palavrões. Já entrei no curso de inglês 2 ou 3 vezes e sempre desisto. Era louca por futebol. Sinto muita falta da minha prima que passou na faculdade e está morando em Salvador. Amo o Gabriel Silveira, o Hallisson Gomes, a Bárbara Muniz e o Raphael Vieira ♥
sexta-feira, 29 de julho de 2011
"Quando dei por mim, já tinha me tornado uma pessoa fria e sem sentimento algum. Por mais que tudo em minha volta se mostrasse feliz, meu rancor era maior que qualquer coisa. Fiquei implicante, chata, mal-humorada e sem educação. Sem entender esses risos descontrolados e inúteis. Essas frases de impacto que nunca salvarão o mundo, essas pessoas que falam de amor como se fosse algo fácil e simples, pessoas que amam pessoas sem nunca terem se visto pessoalmente; amizades falsas e simplesmente por interesse. Enfim, quando dei por mim, fiquei mais critica e seletiva. Agora só desejo que o mundo me entenda; eu não escolhi ser assim, o mundo me tornou assim. Um dia quem sabe meu senso de ridículo vá embora, e eu volte a gostar do mundo como ele é."
sexta-feira, 22 de julho de 2011
"Se faltar calor, a gente esquenta. Se ficar pequeno, a gente aumenta... E se não for possível, a gente tenta. Vamos velejar no mar de lama... Se faltar o vento, a gente inventa."
Que palavras te chamam a atenção? Ponha-as na prática.
Já reparou o quanto é fácil ferir as pessoas hoje em dia? As palavras perderam seus contornos mansos, delicados, singelos e cálidos. Elas são pontiagudas e duras. Cortam, corroem. Fazem as pessoas tornarem-se perversas, ruins. Incapazes, menores. Maliciosas e irônicas. Despertam um lado, aquele lado negro que todos nós tentamos esconder. Até que se torna impossível camuflá-lo entre a bondade e o amor. Por que você sofre tanto que desconhece esses sentimentos. Os olhos, antes úmidos e vermelhos, tornam-se secos e penetrantes. E ainda existem pessoas que tentam apagar tudo que fizeram, com aquele velho e clichê pedido de desculpas.
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Esta manhã eu acordei leve, completa, alegre... O sol que entrou pelas frestas da janela não me incomodaram, fizeram-me sorrir, por saber que mais um dia começava... E nada nem ninguém vai tirar-me desse estado, por que hoje, força nenhuma será capaz de destruir o que eu estou sentido.
Minha Autoria
"(Im)pessoalmente dizendo: bagunçada, arriada, vivendo de sonhos que nem eu mesma sei distinguir da realidade. Um punhado de palavras que calam, um bocado de silêncios que falam pra caralho. Não sei definir bem isso de coisas que eu gosto. Eu gosto de muitas coisas, apesar de desgostar da maioria, na maioria das vezes. Não gosto de rotina, não suporto uma coisa que é só uma coisa. Tudo tem que ser além. Tudo tem que transbordar."
“Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante. Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se fosse nada. Que seja doce o dia quando eu abrir as janelas e lembrar de você. Que sejam doce os finais de tardes, inclusive os de segunda-feira - quando começa a contagem regressiva para o final de semana chegar. Que seja doce a espera pelas mensagens, ligações e recadinhos bonitinhos. Que seja doce o seu cheiro. Que seja doce o seu jeito, seus olhares, seu receio. Que seja doce a leveza que eu sentirei ao seu lado. Que seja doce a ausência do meu medo. Que seja doce o seu abraço. Que seja doce o modo como você irá segurar na minha mão. Que seja doce. Que sejamos doce. E seremos, eu sei.'' Caio Fernando Abreu.
quarta-feira, 20 de julho de 2011
domingo, 10 de julho de 2011
Fênix
Eu já não suportava viver lá. Parecia que o tempo não passava. O relógio não se importava em mover os seus ponteiros. As horas eram cada vez mais longas. Os minutos aparentavam durar dias. E eu contava os milésimos de segundos para que o meu plano entrasse em ação. A Terra se tornou um verdadeiro caos. A começar por mim. Pessoas insatisfeitas, mal humoradas, que fazem o problema parecer cada vez maior. E sem solução. O trânsito de todo dia, as reclamações de um chefe incompetente que eu definitivamente substituiria com excelência. E na volta do trabalho, crianças vendendo balas para depois se drogar, beber, fumar.
A televisão, o banal horário político que chega a ser ridículo. Aquelas propagandas, cheias de cores e músicas alegres, irritantemente contagiantes, que a gente canta todo o dia quando estamos distraídos, e que definitivamente não tem nada a ver com a realidade. Eu não me atrevo a viajar de carro, por que as estradas estão horrorosas, tão esburacadas que em alguns momentos, tenho medo de me afundar em alguns dos buracos, ou melhor, crateras. E avião está fora de cogitação. Ouço todas as noites a Fátima Bernardes comentar sobre o caos aéreo. Nem passo perto de um aeroporto, por que anda tão cheio de marginais, que corro o risco de ser assaltada na porta.
E então, chego em casa, a geladeira vazia, por que encarar um supermercado está cada dia mais difícil, além dos preços inflacionários e absurdos, a fila é imensa. Acho que deveriam existir uns banquinhos próximos ao caixa, pra que as pessoas possam se sentar. Meu marido diz que reclamo de boca cheia, por que pelo menos não tenho que pegar ônibus às cinco da manhã. Aqueles lotados, que as pessoas ficam amontoadas como sardinhas. É, eu tenho meu carro, mas e quem não tem? Quem vive num ponto de transporte público, cuja passagem está cada dia mais cara? E isso por que ainda não falei das drogas. Até naquelas vilas do interior já existem um monte de prisioneiros do crack. É assim que os chamo, por que um drogado é escravo do seu vício.
E então, resolvi me tornar um Manoel Bandeira. Vou-me embora, mas não para Pasárgada. Por que lá tem rei, e eu sou contra a monarquia. Vou para Fénix. Uma cidadezinha que fica em cima de um cometa, mas por incrível que pareça, lá não é tão quente assim. O clima é ideal. Tem uma brisa leve, que toca meu rosto quando fico na varanda. É... Lá as pessoas podem se deitar numa rede sem correr o risco de levar bala perdida. E como não tem efeito estufa, não fico resfriada pelo menos uma vez por semana por conta da mudança brusca de temperatura. Não tem trânsito, até por que não existem carros, nem ônibus, muito menos aqueles motoqueiros atrevidos. Tudo é perto, por isso eu ando a pé, e economizo com a academia. Não existem chefes, por que as pessoas são civilizadas e não precisam de ordens, sabem o que e como devem fazer.
As crianças brincam descalças na rua. Eu fico maravilhada toda vez que as vejo se sujar de terra. É tudo tão normal. Não existem mães histéricas e com manias malucas de limpeza. Não existem senadores, governadores. Cada um cuida do que é seu, e está sempre disposto a ajudar o próximo. Os supermercados continuam lotados, mas os preços são menores e é até bom ficar na fila, por que em Fênix existem os banquinhos que eu tanto sonhava. E tem música também. De qualidade, logicamente. Eu fico parada, pensando. Lembrando. Sorrindo à toa. As pessoas não viajam por que encontram tudo aqui. Estão sempre de bom humor, e o vizinho não põe veneno no seu quintal. Pelo contrário, ele até molha sua grama quando, por um descuido raro, você esquece de fazê-lo. Eu sinto uma vontade imensa de abraçar os meus amigos, por que agora sei que eles são verdadeiros e não fazem aquela cara de perversidade que eu vejo na novela, até por que aqui não existe televisão, as pessoas vão ao parque às seis horas, ao invés de ficarem no sofá.
Adoro sair à noite, vou para a balada. É... Eu sou uma cinquentona, e mesmo assim, danço todas. Até eletrônica. E os jovens não riem de mim. Têm bebidas, mas não são alcoólicas, ou seja, nada de ressaca no domingo. Domingo é dia de praia, futebol, maracanã. Não existe rivalidade e os torcedores não levam peixeiras para o estádio. Não existe revólver, e nem policial autoritário que acha que pode humilhar as pessoas. Até por que não existem ladrões, existem seres humanos. Que erram e reconhecem. Se arrependem e agem diferente. Mas o que faz de Fênix um lugar melhor não são as coisas que existem lá, são as pessoas. Elas honram o título que recebem. Humanidade. Uma palavra tão bonita. Mas tão rara na prática.
Porém, apesar do desejo que tenho do meu sonho se tornar real, está na hora de acordar, esfregar os olhos e levantar. Mais um dia se inicia. Fênix fica para trás. Mas por que não continuar sonhando, no entanto acordada? Por que não agir como ajo na minha cidade-cometa? Hoje será diferente. Eu vou suportar o trânsito ouvindo música, vou sorrir para o chefe mesmo que ele faça aquela cara de desgosto de sempre, e abraçar os meus amigos, por mais que não sejam verdadeiros. Hoje eu vou agir diferente, quem sabe assim todos não façam como eu? Uma andorinha só não faz verão, mas faz a sua parte para que as outras também queiram o sol. Um dia, mesmo que demore, o planeta Terra será o cometa Fênix.
Por: Ana Victória Boa Sorte
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