Levantar-se toda manhã e encontrar um mundo não compreendido ainda constitui-se como realidade para o ser humano. Não somos capazes de entender de onde veio o universo. Não entendemos que o muro que divide a crença da alienação é muito curto. Não amamos duas vezes a mesma pessoa, por que um raio não cai novamente no mesmo lugar. Não nos entregamos a coisas pequenas por que pensamos que temos sempre uma segunda chance, mas não há segunda chance pra o que foi perdido intencionalmente, não há uma nova oportunidade pra quem espera por ela.
“O que tiver de ser será” é o lema dos prepotentes, que não buscam aproveitar a vida com medo das conseqüências. Que conseqüências más virão para quem busca o bem, e erra, na intenção de acertar? O tempo não para, mesmo que você se parta em mil pedaços. O mundo não vai esperar que você reconstrua sua vida, não vai te dar uma nova chance pra aproveitar o que perdeste. Então valorize o que tens, sem medo de se machucar, mesmo sangrando, continue. Continue, por que a dor de não ter feito é maior e mais intensa do que a dor de fazer errado.
Ainda não estamos habituados com o mundo e não sabemos de quase nada. Não somos capazes de diferenciar o certo do errado por que não há nenhuma lei capaz de defini-los. Não sabemos se chorar é o correto a fazer quando estamos em apuros. Por que nos encontramos no mundo? Qual a nossa finalidade nesse desconhecido? Não há filosofo, escritor ou matemático com o poder de traduzir a vida e simplificá-la. Só nós mesmos somos capazes de resumi-la a nossa forma e nosso desejo, por que nós escrevemos as regras do jogo. Ditamos as leis a agimos conforme desejarmos, e apenas o futuro se encarregará de punir-nos ou não.
Nascer é muito longo, é comprido, e passamos a vida inteira nessa fase, descobrindo o porquê de vivermos. Só na morte, carregando o cálice da esperança e sabedoria, o nosso espírito é capaz de evoluir, para outro plano, que nós, seres humanos, de vaga existência, desconhecemos.
Ana Victória.
Nenhum comentário:
Postar um comentário